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Guia Rápido #1: Anthonomus grandis (Bicudo-do-algodoeiro), novidade no portfólio da Pragas.com.

23 set, 2020

Pragas.com®

(Foto: USDA APHIS PPQ - Oxford, North Carolina)

Hoje é dia de falarmos sobre o Anthonomus grandis, mais conhecido popularmente como o Bicudo-do-algodoeiro, considerado a principal praga da cultura, e que pode causar perda de até 70% na produção se não controlados da maneira correta.

Lembrando que esta série especial de posts faz parte dos novos conteúdos produzidos pela equipe da Pragas.com, abordando espécies que fazem parte do nosso portfólio de organismos-alvo para pesquisas agrícolas. Se você quiser saber mais sobre nossos produtos, entre em contato com nossos especialistas!

 

Anthonomus grandis – o que é?

O bicudo-do-algodoeiro (nome popular ao qual é conhecido o Anthonomus grandis) é um inseto que apresenta quatro fases de desenvolvimento: ovo, larva, pupa e adulto. Esta espécie, durante o ciclo do algodão, pode produzir de três a sete gerações.

Logo após a migração dos adultos para a cultura, no momento do florescimento, ocorre o ataque aos botões florais. A fêmea coloca um ovo por orifício, mas, em casos onde a taxa de infestação é maior que 50%, podem ocorrer até cinco orifícios de oviposição por botão floral.

Depois de três a quatro dias, os ovos do Anthonomus grandis eclodem, dando origem as larvas que vão consumir e destruir internamente as fibras e sementes, impedindo sua abertura normal e deixando as fibras do algodão em um tom mais escuro.

Após isso, parte da população se desloca para os restos culturais, entram em diapausa ou hibernação, até que se inicie um novo ciclo da cultura.  As condições favoráveis para o desenvolvimento do inseto são umidades relativas entre 60% e 98%, e temperatura média de 25ºC.

Os danos provocados pelo bicudo do algodoeiro podem variar de acordo com a região, causando perdas de até 70% se não controlados, já que devido ao seu ataque, a lavoura apresenta grande estágio vegetativo e abscisão dos frutos, reduzindo muito a sua produtividade.

É muito importante fazer o plantio em épocas recomendadas de acordo com a região, para que todos os agricultores plantem na mesma época, evitando que haja abrigo durante a entre safra.

Não é exagero quando consideramos, como dissemos acima, que o bicudo-do-algodoeiro é capaz de causar perdas de 70% na produção, e isso se deve por sua alta capacidade de reprodução na lavoura, e seu instinto (e poder) destrutivo.

Como citado anteriormente, inicialmente os botões florais são atacados por adultos que migram para cultura no momento florescimento – depois do ataque, as brácteas ficam abertas e, logo na sequência, caem.

Este ataque faz com que a aparência das flores se pareça com a de um balão, e isso ocorre por conta da abertura anormal das pétalas. Já, quando o dano ocorre nas maçãs do algodoeiro, o que observamos são perfurações externas, resultado dos hábitos de alimentação e oviposição da espécie.

O período de favorecimento da praga são épocas chuvosas, já que a umidade conserva os botões atacador por um período maior. Além disso, é orientado fazer o plantio em épocas recomendadas de acordo com a região, para que todos os agricultores plantem na mesma época, evitando que haja abrigo durante a entre safra.

 

Controle

Dado que o nível de controle se baseia na porcentagem de estruturas reprodutivas atacadas, é muito importante se atentar ao monitoramento, para uma tomada de decisão efetiva. Armadilhas contendo feromônio podem ser utilizadas para coleta de adultos.

Devido a sucessão de cultivos, o desenvolvimento da praga é favorecido. Além disso, a fisiologia do algodão dificulta o manejo da praga por apresentar crescimento indeterminado, ou seja, em uma mesma planta encontra-se botões florais, flores, maçãs e capulhos abertos; em ambos os casos, há contribuição para a oferta de alimento contínua. Medidas como a adoção do vazio sanitário ajudam no controle dessa praga em especifico.

 

Referências para este artigo

https://www.grupocultivar.com.br/artigos/manejo-efetivo-do-bicudo-do-algodoeiro

https://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/infoteca/bitstream/doc/189564/1/doc216.pdf

https://www.agrolink.com.br/problemas/bicudo_29.html

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